Os cisnes cantam antes da partida
Para enfim dar-se início a alvorada de uma nova vida...




A sorte, o tempo, o vento agora é outro
Cansei de remar contra a maré,
de seguir no caminho oposto.


Tempestade na luz da manhã eu a sinto,
o meu coração cheio de esperança,
meus anseios que sobre essa terra morna descansa.
Agora sei que nunca foi tarde.


Por muito tempo eu me enganei,
a verdade de mim neguei,
de joelhos celebro o outro dia que vem vindo,
e toda felicidade que no meu peito venho sentindo.


Nada mais pode me deter,
a alma em êxtase,
e no fim você sempre vai pertencer a mim.


Agora caminho para a nova vida que me espera,
um sentimento de perdão que de mim se apodera,
me mostra o valor de como a vida é bela.


O vento me falou que é hora de acordar...


Na luz da manhã a brilhar eu arfei,
Ahh por tanto tempo por esse dia eu esperei,
Essa é a felicidade que em mim venho sentindo,
por séculos esse momento esperei sorrindo.


Tudo mudou por encanto em uma fração de segundo,
Me desperço de todas as dores e iniquidades do mundo,
No meu coração o perdão bate fundo.


Chegou a hora
Eu nego o desespero com relutância,
nada pode me deter agora,
Minha alma cria asas de uma nova esperança,
sinto em meus olhos a inocencia que foi roubada de uma criança,
Eu abro as minhas asas e vou embora.


Ganhei o presente de uma segunda chance,
hoje me encontro fora de alcance.
Encontrei um lugar onde não exite nehuma lágrima ou dor,
Sentado na relva eu vejo o sol brilhar,
em minha alma eu sinto sua glória e esplendor.


E por mais que a vida se torne cansativa,
eu desejo 
fecho meus olhos e adormeço,
E assim como aquele cisne fez,
abro minhas asas pela ultima vez.


                                                           
                                                                J.Morgan  29/12/11





Eu que já morri nestas linhas milhões de vezes
já ressusitei em algumas
carrego a culpa de não ter pena nenhuma
Sobre o luar transcorro meu olhar
Por tanto tempo eu vivi sem enxergar


A verdade se abre a minha frente
e no seu abismo eu caio de repente
me resvalo, me arrasto e em um rasgo de tempo
ponho fim em alguns sofrimentos


Ah como a vida é cruel e implacável
queria pertençer a imanescença do sagrado nada intocável
O futuro é incerto como um caminho perdido no deserto
Aguenta, Sergura forte pequeno garoto o fim está perto
E depois tu será inalcansavél


A tragédia e a covardia que me silencia
Nossos espiritos mornos soltos no ar
Isso é muito mais que meu sentidos pode aguentar


Grande teatro de sofrimento meu papel é ser coadjuvante 
A mais uma imensa noite de comtemplação
A lua essa dama que velo a milenios
minha alma não tem alento nenhum instante


Meu coração se corrompe com tanta mentira
O silencio em mim toma grande proporção
O fim e a destruição aceitei sem rejeição
a minha alma dança em negrume
do medo eu provo e sigo seu perfume


eu sigo seu rastro...
Como poder seguir em frente?
como poder esqueçer o passado
Sua falsidade na minha garganta é motivo de engasgo
nem um milhão de anos serão suficientes pra curar do meu coração este imrreparavel rasgo.


                                                                    J.Morgan 29/12/11
Eu queria ser aquele que iria segurar a sua mão
Quando você insistisse em cair
Eu iria te levantar quando você chegasse ao chão

Eu queria ser aquele pra cuidar dos seus machucados
Que iria te salvar de todos os pecados
Que iria te contar meus desejos mais sagrados

A você te dou todos os meus sentimentos
Eu não quero desistir de você
Hoje luto pra não esquecer sequer um momento

 E Todas as promessas que foram jogadas ao vento
Tão longe de curar nossas almas, tão assustados nós nos perdemos no tempo
A culpa pulsa dentro do meu coração o nosso destino é forte e violento

O passado não pode voltar pra nos resgatar
E eu estou me afogando em algum lugar
sem acreditar...

Sem acreditar que o que vejo não posso mudar
Deixado pra trás por séculos eu te esperei
Nesta cela escura eu fiquei por tanto tempo eu tentei me libertar

Pela estrada traidora da mentira eu caminhei
Eu encarei a face da dor e relutei
Nas suas sombras eu fui sufocado mas por elas passei

Por tanto tempo eu lutei contra meus piores medos
Não preciso do seu ódio, seu rancor
Agora eu sei me salvar por mim mesmo
você não pode lavar o sangue que escorre nos seus dedos

Agora eu tenho que ir
com a alma e a fé regenerada reencontro a luz  perdida na estrada
Ahh tempos escuros que deixaram minha alma fragilizada

Em penumbras deixaste meu coração
Não guardo mágoas te peço absolvição
Retribuo de ti toda a negação com proteção
Não olhe pra trás siga em frente
Pois de mim você terá meu eterno perdão.

       
                                                J.Morgan 22/12/11


Porque virar a página é um gesto tão dificil?
mas retroceder ao vil ato de covardia que você me provocou é mais fácil e me alimenta como um vício.
Eu até o fim dos tempos vou viver pra te odiar!
espero o dia em que vou ver sua respiração sufocar.
Ahh como esquecer é difícil!
vou ser eternamente seu adorado sácrificio.

Pisa, cospe, apedreja este meu velho coração moribundo,
O ódio, este é meu antigo hóspede do degredo oriundo.
Ah que enorme desgraça você me fez passar,
dá minha boca pra sempre vou te pestear,
dá tua injúria irei sempre recordar,
da minha fúria, eu não vou te polpar...você não irá escapar!
Entre as trevas calmamente vou te esperar.

Acredito que de mim seus olhos já esqueceu, pensou que meu ódio por ti faleceu?

Na escuridão as minhas chagas abrem por ti,
eu odeio este pesadelo que de mim se apoderou,
Que lentamente nas minhas veias se infiltrou.
Na minha ternura você escarrou,
hoje durmo a ansiar a sua morte,
Espero te ver perdido no labirinto escuro da má sorte.

Eu transfiro pra você a minha agonia,
E que a moira do destino mais sombria diminua seus dias.
Que o futuro seja pra você um oceano de sofrimento,
e a tragédia inunde sua imunda vida a cada momento.

Anseio pelo seu fim como a dose letal do pior envenenamento.
Verei a terra seus olhos encobrir, esse é o momento em que meu peito vai sorrir
Eu vos odeio com mais nojento rancor,
e não a nada que tire do meu peito esse antigo tumor,
Deitado entre febre com as mãos geladas,
eu revivo o pesadelo daquele momento ao decorrer da escura madrugada,
e juro que enquanto esse ódio em mim viver,
apenas vou dormir e acordar pra ver
Sua carne na terra apodrecer.


J.morgan 27/06/11




Nada mais me satisfaz,
Deste martírio minha alma nunca terá paz.
Esta é a dura realidade que eu tenho que enfrentar.
Demorei muito tempo pra enxergar,
Pra mim é tarde demais.

A minha alma que a muito tempo por ti clama.
Por favor não deixe apagar esta chama!
por décadas fiquei a alimentar este terrível drama.

Então venha e beije gentilmente meu ardente machucado
a noite deitado entre febre e lagrimas choro o desproposito de a você
a minha vida ter entregado.

Deitado ao lado da cama com os olhos cheios de ódio,
meu corpo queima em chama e revive repetidas vezes aquele doloroso episódio.
Quero ver o seu sorriso de escárnio se partir,
me dói saber que pra você eu nunca vou existir.

E depois de tudo que eu tenha lutado
Pelos escárnios da vida sempre serei derrotado.
pelos becos mais imundos até o fim dos tempos vou vaguear de você afastado,
meu amor ao lado da sua sombra foi sepultado.

"A vida é um escárnio sem sentido. Comédia infame que ensanguenta o lodo" (Álvares de Azevedo)



J.morgan 22/10/11


Fique leve, triste, vazio
Com semblante sombrio.
Esperando mais um sonho que chegou tardio

Me fale da magnitude do mundo de lá
Por muito tempo eu fiquei a te esperar
Sinto que é muito tarde para tentar me libertar

Quem é você pra tentar me julgar?
Sua vida foi suja mundana e cruel
Eu era o único pra te apoiar
A você todo esse tempo eu fui fiel

Perdi as vezes que chorei por você silenciosamente
O desprezo essa foi a pior dor que já senti
passei pelos tempos indiferente algumas vezes até dormente
Te amar foi a pior martírio que eu já sofri

De trevas me vesti, assim passei por todos despercebido
As minhas veias de ódio enchi
sem ninguém pra se importar comigo
ao passar dos anos fui misteriosamente esquecido

Consternado com tanta indiferença assim,
Espero a minha sentença pra poder pagar por cada erro enfim.
Da realidade eu sempre me escondi e de tudo aquilo que eu nunca entendi.
Acho que concordo que a este mundo eu nunca pertenci.

Ninguém sabe o quanto eu sofri,
por muito tempo pra mim mesmo eu menti.
Agora ando consternado assim,
esperando o dia em que vou ver seu coração sufocar
Só assim desse pesadelo posso me libertar
Você é a doença que habita em mim.

J.morgan 22/11/11









Verdes colinas, minha terra,
grama perfumada do sereno noturno.
Caminho devagar por tuas veredas,
desfrutando do cálido sol da alvorada

Oh doce reino das fadas
Abençoado sou pois ouço aqui o teu cantar.
Alegres homenzinhos verdes correndo
Aos meus pés agora negros da mãe terra.

avanço rumo a campina,
Embora a esquerda há o precipício.
Sedutor corre rio caudaloso
então sorrio e de longe contemplo
as lótus errantes que passam.

Algumas horas assim transcorro,
porém a alma sedenta
de sossego e beleza,sorve lenta
e gulosa o que ofereci a natureza.

Meio dia sol a pino,
procuro uma sombra para descansar.
Cerejeiras roseadas
Meu coração cheio de amor
vim aqui te ofertar sepultura
Silenciosa encerro o rito, Zéfiro assovia
e me cobre de flores.

Na melodia da campina
Minha alma exulta,
e feliz adormeço.

Para acordar neste catre
e perceber que a caminhada
era meu enterro.


Todos os direitos a minha presada amiga Ana que escreveu este belo poema e que a mim só coube redigi-lo espero o ter feito corretamente.


Pra quê viver se já me sinto morto,
Por quê fugir da chuva se já não existe abrigo,
Em quê prosseguir se nada mais faz sentido.

Como a escuridão de uma vela extasiada,
caminho entre caminhos tortuosos pela madrugada,
me resvalo nos precipícios da minha mente machucada.

Na consciência dos meus atos, no ápice dos sentidos,
me entrego a um momento sórdido de desespero impreciso.

Eu alimento dentro de mim essas vozes engrenhadas,
Os vultos se fazem regozijar-se ao meu redor,
minha sanidade foi completamente violada.

Assim abro o vinho da minha completa falta de amor
da minha imbecilidade eu bebo com ardor

O pior estado da minha conciência eu não quero mais pertencer a mim,
Quero me desvirtuar dessa inútil estrada enfim.

já completamente sem razões pra continuar a minha jornada,
pego a corda fria que parece aço,
pulo sem remorsos e a morte me abraço,
arrogantemente me entrego com os pés descalços.

A minha respiração suspendeu,
o arrependimento nas grades do meu coração bateu,
em meu rosto a ultima lágrima verteu.

senti o amargo demasiado forte cortar minha garganta,
agora estou sozinho cercado de minhas dolorosas lembranças.
Entro em um estado onde perco completamente as esperanças.

todas as minhas células lutam por mais um segundo,
Virei propositalmente as costas ao mundo,
nesse estado de entrega a culpa é a dor que me consome,
sinto o sufocar do meu peito quero clamar o meu grito mais profundo.

agora sinto que é tarde demais.
Minha alma do corpo lentamente se desfaz,
fui fraco demais...

tenho que pagar por tudo!
O arrependimento que sinto é demasiado fundo.
Sinto o fim de tudo de algum lugar os sons que me chamam do absurdo.
Caminho na estrada do meu sofrimento mutilado, cego e mudo.
E no momento final...
Me consome o sofrimento de ter provado deste veneno mortal.



Poema inspirado no livro O martírio dos suicidas (seus sofrimentos inenarráveis)
Deixo claro que este blog é contra qualquer tipo de violação a vida.

J.Morgan 21/10/11

Tudo como por encanto mudou. E a vida brotava em nossos atalhos; pois o alto flamingo, até aqui nunca visto, com todas as álacres e variegadas aves, ostentava ante nós a sua plumagem escarlate. Peixes de ouro e de prata acorriam agora ao rio, de cujo seio se erguia, de mansinho, um murmúrio que, por fim, foi engrossando até se transformar numa suave melodia mais divina de que a da harpa de Éolo, mais doce do que tudo. E agora, também uma enorme nuvem, que por muito tempo dominara as regiões do Hesper, avançara num deslumbramento carmesim e ouro e viera pairar serenamente sobre nós, descendo dia a dia até pousar sobre os cumes dos montes, transfigurando-os com o seu glorioso esplendor e encerrando-nos, como que para sempre, dentro duma mágica prisão de magnificência e glória.(Edgar Allan Poe)


Agora eu caminho sem olhar para trás,
Todo meu desespero vagamente se desfaz,
Entre as luzes meu espirito se dístrai.

Como se o tempo estivesse sido esquecido,
Me encontro em mundo tão cintilante e expansivo.
Agora me sinto irrevogavelmente protegido.
Sem nenhum remorso ou lágrima a verter,
eu não tenho mais nada a perder.

Este céu pintado de tons difusos,
Alentam meus pensamentos tão confusos,
Minha vida agora caminha em outros percursos,
Como um oceano, Não sinto falta no meu interior.

Tão longe de tudo, aqui eu já não sinto mais dor...
O sol me mantém aquecido com seu calor.
Longe do frio brumoso eu me deleito na reflexão do Explendor.

Estes raios que curam as minhas mais profundas chagas,
Sinto como se estivesse encontrado meu lugar,
depois de ter percorrido toda essa amarga estrada.

Eu me resvalo entre o inexplicável,
Sim, aqui para sempre quero estar,
Abro meus olhos, agora posso enxergar que já não posso mais voltar,
Essa é a realidade que tenho que enfrentar isso é implácável.

A falta de esperança foi completamente perdida,
Enfim encontrei minha paz, embora eu agora queira mais!
Quanto as Dores do passado da minha mente foram todas removidas,
apago tristes memorias antigas, aqui o passado não existe.

O meu futuro agora é misteriosamente impreciso,
Mas guardo no meu peito o meu melhor sorriso,
agora e para sempre...
Estou Sozinho e perdido no paraíso.


J.Morgan 14/09/11


Como pulsa o braço vil do açougueiro
Pintando as paredes o chão e os dedos de vermelho
Arranca e expulsa do meu peito essa pungente dor
Como tira raivosamente as vísceras de um carneiro

Assim quero ser, como o cadáver que segura as duras mãos do coveiro
Que não tem pena , sentimentos ou receio
Sinto-o me enterrar e vejo nos seus olhos o sarcasmo derradeiro
Jogado neste frio túmulo me resvalo em teu seio

Sentindo toda glória da morte
Brindo a decadência e tomo do cálice inebriante destra forte
Vagando sem destino por séculos me perdi no tempo
A solidão e o desprezo me enche de arrependimento

Sentindo ao último golpe caio no chão de joelhos
E que na frivolidade da terra o Deus verme roa minha carne, meus ossos
Que roa sem remorsos
Deixe apenas os cabelos

Quanta má sorte o destino me concedeu

Enfim o dia que eu tanto esperei se sucedeu
O meu rosto empalideceu a mão estremeceu a vista escureceu
De mim a minha alma se desprendeu
Lentamente senti fluir todo o meu sangue que verteu


J.Morgan 20/08/11



Dou muito valor a obras póstumas,
poetas desconhecidos, histórias trágicas,
cantores esquecidos, livros velhos, roupas surradas,
cemitérios antigos, clássicas fachadas.

Brinquedos perdidos, ídolos mortos, prefiro Lp que cd
fita cassete a dvd.
Gosto da nostalgia de finais de tarde, de ver o sol se por.
tambêm gosto de finais tristes, de histórias de amor.

hoje me apego muito mais a mim que a você.
Adoro maquinas datilográficas, antigas maquinas fotográficas.
Nos meus momentos intimos gosto de apenas escrever,
Não gosto de e-mail prefiro cartas.
Em vez de olhar pro caos que me cerca de tantas vidas dramáticas,
prefiro ler histórias fantásticas.

Tendo reflexo do passado me foco no futuro, tenho opinião própria não fico encima do muro.
De toda violência e corrupção tenho como válvula de escape a minha vasta imaginação.
Que povoe a tolerância nesse mundo de patife ignorância,
prefiro mimeografar que imprimir.
Ao ivés de me intorpecer eu gosto mesmo é de sentir.

Que o mundo seja mais altruista ao invés de pessimista.
Em um momento de disparate me segurar e resistir,
minhas frustrações guardar a expelir,
minha opinião falar nunca reprimir.

Hoje eu prefiro por mais que difícil seja tentar e não desistir.
Mesmo que algum dia eu insista em cair,
me levantarei, minha cabeça erguirei pra então poder seguir.

E mesmo que por mais que entristecido for o meu destino,
não vou me entregar ao desatino!
Por mais que o mundo queira me agredir,
tenho que admitir, enquanto eu caminhar.
Prefiro em vez de chorar, ironicamente sorrir.


Jal.Morgan 17/08/11



Em você eu encontrei a mais bela ternura
Anjo brando de inefável doçura
Sua voz é como uma harpa peregrina a inebriar,
Como a mais bela canção que ao meu ouvido vem soprar

Em você quero regozijar meus desejos mais puros
e, exorcizar todos os meus medos mais obscuros
Pegue minha mão, esqueça este lugar!
Há um imenso e misterioso paraíso a nos esperar
Agora o tempo e ninguém pode nos separar

O além é tudo que temos em sua vastidão 
Para sempre te levarei no meu coração
Ao seu lado irei sempre estar
O infinito ainda é pouco ao que eu quero te dar

Oh, ninguém consegue ver?
Que a única coisa que eu quero é você
Isso não pode parecer errado
Te dou o meu sentimento mais sagrado

Sua presença emana vertigens de luz em meu ser
Só os anjos sabem a glória de te ter
Em você encontrei o mais nobre valor
Serei sempre seu fiel guardião e eterno senhor


J.Morgan 01/06/2011

Por amor eu pularia de um precipício,
eu poderia chegar a um hospício,
eu enfrentava todos os riscos.

Por amor eu me deixaria levar de olhos vendados,
me eletrocutaria em fios desencapados,
me entorpeceria ao fim do dia.

Por amor eu largaria todos e tudo.
Por você eu viveria cego, surdo e mudo.
Eu apostaria todas as cartas, me machucaria com as mais agudas facas.

Por amor eu cruzaria o deserto,
Trocaria o certo pelo incerto,
Por amor eu me enganaria mais de uma vez,
e não teria nem um pouco de sensatez.

Por você eu me arriscaria,
minha alma a ti entregaria,
só pra ter você perto de mim noite e dia.

Por amor eu pararia de respirar só pra poder te enxergar.
Por você me jogaria no mar, faria o que mais insano você desejar.
Não vendo que a um triste fim isso ia me levar.

Não sabendo o tão caro isso ia me custar,
no amor eu cegamente tentei acreditar .
Mas como me doar a alguém com esses atos tão sórdidos,
acho que preciso muito mais do meu amor próprio.

J.Morgan 01/06/11


Hoje me encontro ao relento.
Por todas as dores do mundo eu só lamento,
Entrego-me aos meandros da solidão
toda essa efêmera vida não passou de uma reles ilusão.

Erroneamente eu tento lutar contra meu próprio medo.
Agonizando internamente eu morro em segredo,
Tão longe e cansado de um caminho ao qual nunca vou chegar
Deste suplício de vida eu quero desertar

Mas preso a esta triste vida fui condenado.
Meu sofrimento aqui é deveras demasiado.
Tão enojado de vivenciar falsos moralismos,
Me estagnei diante de todos esses cinismos.

Lamento por tudo que não posso corrigir.
As mentiras mais uma vez vem a me consumir,
então venha tente me destruir...
Eu prometo que desta vez aos seus pés vou cair.

E a sombra que eu sou enfim do nada vai desaparecer,
De mim mesmo irei esquecer,não há nada aqui que possa me aquecer.
Não posso ser mais meu abrigo,vivo penosamente esse odioso castigo,
Não temo em ficar entristecido a morte pra mim sempre fez mais sentido.


J.Morgan 03/06/2011



A morte pareçe me invadir,
Não há como persistir
Dessa vida eu não quero desistir.

Minha frieza me manterá aquecido.
Mesmo que há muito eu tenha sido esquecido.
Continuo a me olhar,mas nada consigo enxergar,
só vejo um reflexo de um "eu" distorcido.

E quando a chuva cai,com ela toda esperança se esvai.
Uma nódoa negra me envolve em constante desprezo
Essas alegrias efêmeras diminui em ruinas o meu ensejo.

Sozinho eu não estou em boa companhia,
sou a criatura que me assasina noite e dia.
E quanto as desventuras,irônica parte de uma vida maltratada.
Daqui vou levar comigo memórias de uma vida degradada.

De mim minha alma pede paz.
Lentamente toda glória se desfaz.
E no fim tento me arrepender,mas é muito tarde
e então eu caio caio ...
Mais uma vez verei o fenecer de mais um triste maio.

J.Morgan 15/05/11


E então como as ultimas folhas do outono
meu sonho lentamente acabou.
A minha mais bela quimera foi esqueçida,
o meu ideal fracassou.

minha alma hoje vaga fria,
pelos recantos sordidos dessa cidade vazia.
E ninguêm irá me salvar,
dos meus pensamentos que irão me matar.

Incerta é a luz da lampada sombria.
Do martirio ela não me alenta.
Aqui nada mais me sustenta,
hoje sofro noite e dia!

Ai vem a escuridão que irá me cegar !
De sua mácula minha alma suja está.
A lama e ao degredo ao qual você me lançou,
A vergonha e o medo foi o que de pior restou


Esse é o mal que você me causou,
posto em um precipício hoje estou.
De longe vejo seu semblante sorrir,
então venha, tente me destruir!
Oh Deus!
devo eu prosseguir?


J.Morgan 17/04/2011

Como podemos lutar conta a fúria da natureza?
E não há lugar para se salvar, nem oração pra acreditar.
Se entregar é a unica certeza.
E aos que ficaram o que resta é um coração encharcado de tristeza.

Lúgubre tragédia que pelo mar avança,
que tira dos braços da mãe a adorada criança,
vem desfigurando o mundo e acabando com toda esperança.

Hoje os pés descalços andam pelos escombros,
Ainda carregando o fardo de dor pelos ombros,
O sofrimento é demasiado longo.

A luz da manhã não alenta os desesperados,
a noite é uma confusão de pensamentos angustiados,
A um mar de infortúnio ao qual foram lançados.

O que pode se fazer é se padecer a chorar,
Por todos as almas que as aguas veio a arrebatar,
E por muito tempo o mundo dessa assombrosa tragédia vai se lembrar.


Poema oferecido aos mais de 16.600 mortos e desaparecidos causados pelo terremoto e tsunami no japão ocorrido no último dia 11/03.

J.morgan 17/03/2011







E nas mais profundas águas submergi
A minha alma que por séculos sem destino vaga
Das feridas do passado jamais esqueci
A minha chama pela vida lentamente se apaga

Virei prisioneiro sem rubor
Sua indiferença a muito tempo me matou
Fui massacrado pelo seu desprezo
Esse é o destino ao qual não te desejo

Fiz tudo por você eu me entreguei
Não vi o fim ao qual eu cheguei
E de tudo que é mais belo eu nunca pertenci
Por muitos anos assim eu me entorpeci

E hoje não acho nenhum sentido pra mim
O que levo dessa vida é um triste caminho enfim
Fiquei entregue ao acaso meu coração bate cada vez mais raso
E agora sem nenhuma tristeza declaro meu cansaço
Fui condenado ao meu próprio ocaso.

J.morgan 18/03/2011

Enquanto o fim do mundo estoura a minha frente,
Me encontro aqui frio e impotente,
nos últimos dias da minha existencia.

Neste vilarejo sórdido que aos poucos me destrói,
O peso que trago nas costas muito me dói,
E toda esta miséria me corroi.

Estupefato e com o coração machucado,
São feridas que em mim nunca tem sarado,
Ainda está presente em mim todas as dores do passado.

A minha própria ruina fui condenado.
O meu desejo pra que tudo melhore é demasiado.
Mas eu sei que tem coisa muito pior por vim,
Fogo foi ateado contra mim.

Nesta terra morna não há mais vida,
a profunda dor sobre minha carne não tem medida,
do dissabor desta maldita guerra eu me enveneno,
cai já morto sobre o escasso feno.

Agora te vejo com seu corcel negro que de lonje me espreita.
leve meu desfigurado corpo sem suspeita,
A minha lembrança de vida foi completamente desfeita.


J.morgan 15/03/2011

A esse momento que me submeti
trouxe essa dolorosa lembrança que eu jamais esqueçi

Em seus olhos eu vejo seu descontentamento
Por toda essa cruel vida eu só lamento

E esse seu frio dilaçera meu coração
Da sua boca com fúria bradou sua insurreição
Isso se alastrou em uma grandiosa proporção
Assim quebrando as pontes do meu coração
e me levou a uma terrivel erosão

agora no silencio do meu quarto estou.
Lembrando o desprezo que você me causou
será que ainda devo acreditar no amor?

Mesmo que afogado no desprezo quero continuar te amando
Quanto mais você esteja me odiando.
Assim vivo em um mundo de engano
você é tudo menos humano.


J.morgan 16/02/2011




Saudade quando não dá pra aguentar se esvai pelos olhos.
E de tudo que é abstrato e intocável você faz parte,
um simples momento de disparate.
E hoje me enxergo só em você.
Eu quero deixar isso crescer,
mas tão longe de mim você está.
Queria tanto te tocar,me afogar em seus lábios e enfim ao seu lado acordar
E pra sempre a sua lembrança é tudo o que vai me restar.
Até o dia que a providencia novamente nos juntar.

J.morgan 28/01/2011



O dia que eu tanto tenho esperado
trouxe um fardo de sofrimento demasiado
tive certeza que a minha tortura havia começado.

O céu hoje tristemente chora
esse foi o pior domingo de toda minha vida
Por você ainda guardo dolorosa ferida
meu coração insiste em sangrar,esse é o meu castigo
Já não posso me mover,você me enterrou vivo.

E quem irá me consolar?
Mais um solitário domingo vem me dilacerar
O sino da extinsão vem me alertar
Meu espaço nessa terra não posso mais ocupar.

Esperando o seu último toque
Eu glorifico a fortuna da morte
E abraço a minha total falta de sorte.

E a dama misteriosa ai vem vindo...
Chamando meu nome e cada vez mais me consumindo
No seu frio inexorável eu me entrego caindo
E esse pra mim foi o último dos domingos.

J.Morgan 22/02/2011

As feridas se abrem outra vez,
E me perco no labirinto do meu próprio coração,
Lutando contra a razão.
Mas eu não quero viver tudo outra vez...
Monstros e fantasmas embaixo da minha cama.
Eles não querem ir embora,e me queimam feito uma chama.
Estou me afongando no silêncio,o sofrimento é tão intenso.
Peça pra irem embora pois foi você que os trouxe até aqui,
Leve-os embora pois foi você que os deixou me perseguir.
Nas paredes vejo teu rosto,a silhueta do teu sorriso.
Eu fecho meus olhos,mas Ainda te vejo dentro de mim.
Eu tranco as portas,mas você atravessa para dentro de mim.
Condenado a essa prisão de melancolia,
minha vida tão ardente se tornou lentamente fria.
Eu me tornei invisivel aos teus olhos,
fui consumido pela sua infame covardia.
A muito tempo meu machucado coração foi seu
e onde foi parar todo aquele amor,onde ele se perdeu?
As vezes acho que a vida de mim esqueçeu.
E agora tenho certeza que a mim você nunca pertenceu!


Por Jal Morgan e Marcelo Marques 21/02/2011


Minha bússula está quebrada.
Meu destino cada vez mais impenetrável,
meu corpo tão cansado das lutas do passado.

A nua vela não me diz as respostas certas.
Tenho que fazer por mim mesmo,
Tenho que encontrar o meu caminho pra casa de qualquer jeito.

Uma névoa escassa me invade o trajeto,
a jornada pareçe infinita mais eu estou tão certo.
Um suspiro de alivio grita ao meu espírito.
E o amanheçer cessará de perda qualquer indício.

O para sempre agora a mim pertençe.
Eu sinto a glória que me invade,
E agora sei que nunca foi tarde.


J.morgan 09/02/2011

E a chuva caía as gotas pesadas: apenas eu sentia nas faces caírem-me grossas lágrimas de água, como sobre um túmulo prantos de órfão..

Álvares de Azevedo



Meu anjo brando,
de afável doçura.
Sua falta me faz sofrer
e me leva a loucura.

Como tudo que demora a morrer,
Assim vivi todos esses tristes dias por você.
Nesse vale de fogo e dor,
Preso sem você aqui minha ira se revelou.

Orfão me deixaste,
Sua recusa me matou.
E mesmo que em vida,
morto aqui estou.

Por ti agora eu vou,
sem tardios arrependimentos,
sem maiores sofrimentos.

Sinto o orvalho que sai das pétalas em um inebriante perfume,
Isso me provoca morbidas lembranças.
Vivo em constante azedume.
A muito tempo já perdi as esperanças.

No calor do meu sangue te consumirei.
Para sempre seu orfão serei.
O nosso reencontro espero com ardor,
você é causa do meu torpor.
Amor querido imaculado,
Ao seu espirito o meu foi acorrentado.



Jal.Morgan 07/02/2011

Uma triste lágrima do seu olho verteu
seu rosto dolorosamente esmoreceu,
na tênue escada seu corpo desfaleceu.

O ardor do sangue ainda morno em sua garganta,
indo para um mundo onde tristes anjos languidamente cantam,
tudo isso não mais o espanta!

Mas da morte é deveras cansado,
a sua melancolica alma clama por redenção,
e assim flutua para sua lúgubre ascensão,
Seu sofrimento ainda é demasiado.

Tão cansado de ter esperado,
sofre o preço de passar pela vida resignado.
E assim segue seu doloroso caminho anestesiado.


J.Morgan 25/01/2011