Nada mais me satisfaz,
Deste martírio minha alma nunca terá paz.
Esta é a dura realidade que eu tenho que enfrentar.
Demorei muito tempo pra enxergar,
Pra mim é tarde demais.

A minha alma que a muito tempo por ti clama.
Por favor não deixe apagar esta chama!
por décadas fiquei a alimentar este terrível drama.

Então venha e beije gentilmente meu ardente machucado
a noite deitado entre febre e lagrimas choro o desproposito de a você
a minha vida ter entregado.

Deitado ao lado da cama com os olhos cheios de ódio,
meu corpo queima em chama e revive repetidas vezes aquele doloroso episódio.
Quero ver o seu sorriso de escárnio se partir,
me dói saber que pra você eu nunca vou existir.

E depois de tudo que eu tenha lutado
Pelos escárnios da vida sempre serei derrotado.
pelos becos mais imundos até o fim dos tempos vou vaguear de você afastado,
meu amor ao lado da sua sombra foi sepultado.

"A vida é um escárnio sem sentido. Comédia infame que ensanguenta o lodo" (Álvares de Azevedo)



J.morgan 22/10/11


Fique leve, triste, vazio
Com semblante sombrio.
Esperando mais um sonho que chegou tardio

Me fale da magnitude do mundo de lá
Por muito tempo eu fiquei a te esperar
Sinto que é muito tarde para tentar me libertar

Quem é você pra tentar me julgar?
Sua vida foi suja mundana e cruel
Eu era o único pra te apoiar
A você todo esse tempo eu fui fiel

Perdi as vezes que chorei por você silenciosamente
O desprezo essa foi a pior dor que já senti
passei pelos tempos indiferente algumas vezes até dormente
Te amar foi a pior martírio que eu já sofri

De trevas me vesti, assim passei por todos despercebido
As minhas veias de ódio enchi
sem ninguém pra se importar comigo
ao passar dos anos fui misteriosamente esquecido

Consternado com tanta indiferença assim,
Espero a minha sentença pra poder pagar por cada erro enfim.
Da realidade eu sempre me escondi e de tudo aquilo que eu nunca entendi.
Acho que concordo que a este mundo eu nunca pertenci.

Ninguém sabe o quanto eu sofri,
por muito tempo pra mim mesmo eu menti.
Agora ando consternado assim,
esperando o dia em que vou ver seu coração sufocar
Só assim desse pesadelo posso me libertar
Você é a doença que habita em mim.

J.morgan 22/11/11









Verdes colinas, minha terra,
grama perfumada do sereno noturno.
Caminho devagar por tuas veredas,
desfrutando do cálido sol da alvorada

Oh doce reino das fadas
Abençoado sou pois ouço aqui o teu cantar.
Alegres homenzinhos verdes correndo
Aos meus pés agora negros da mãe terra.

avanço rumo a campina,
Embora a esquerda há o precipício.
Sedutor corre rio caudaloso
então sorrio e de longe contemplo
as lótus errantes que passam.

Algumas horas assim transcorro,
porém a alma sedenta
de sossego e beleza,sorve lenta
e gulosa o que ofereci a natureza.

Meio dia sol a pino,
procuro uma sombra para descansar.
Cerejeiras roseadas
Meu coração cheio de amor
vim aqui te ofertar sepultura
Silenciosa encerro o rito, Zéfiro assovia
e me cobre de flores.

Na melodia da campina
Minha alma exulta,
e feliz adormeço.

Para acordar neste catre
e perceber que a caminhada
era meu enterro.


Todos os direitos a minha presada amiga Ana que escreveu este belo poema e que a mim só coube redigi-lo espero o ter feito corretamente.