Jal Vasconcellos: 2010

Te encontro parada entre o vão da porta

o soluço constante te sufoca

deixe-me ficar ao seu lado

e nada mais importa.

Sua dor é tão sofrivel

presa em um circulo vicioso terrivel

pense duas vezes antes de se deixar

ao seu lado mesmo na dor quero estar.

Em um ímpeto de fúria

Ela bradou sua arrogância

e declarou:

Essa vida muito me cansa.

Friamente ao mundo deu as costas

fiquei orfão dos seus braços

lentamente ela se abandonou

nem sequer um último abraço.

Ela desprezou tudo a sua volta

aos poucos sua alma da vida se solta

assim se entregou ao trágico destino

em um infame momento de desatino

J.Morgan 24/12/2010

Minha ternura despertou em você

o seu sentimento mais vil

todo o seu sorriso de escárnio se partiu

criatura baixa e repugnante

Sua inveja é um vício constante

julgado por seus olhos de farpa

sua insanidade me atinge como uma bala de prata

em sua boca habita a pestilencia

onde foi parar sua inocência?

apedrejado por sua maldade

Seus olhos de fogo dão lufadas de insanidade

e onde seu remorso foi parar?

em você habita o ódio que irá te cegar

friamente verei...

você com seu próprio veneno se aniquilar

Jal.Morgan 01/12/10

Triste impasse o que você me causou
infame posse a que você se apoderou

só um de nós persistirá,mesmo no erro continuarei
em tua sombra vive minha presença,a você me acostumei
já me encontrei em meio a toda ausência

nunca pensei que fosse tão frio,
e hoje vivo em um mundo tão falso e vazio.

Mas melancolicamente ao seu lado irei sempre estar,

a minha alma a ti presa está
e de você amanhã é tudo o que eu preciso lembrar.

J.Morgan 26/11/2010

Em um gole de vinho afogo-me

o degusatar do mais belo sabor

em seu esplendor acovo-me

Meu veneno eu brindo com ardor

Minha solidão será a falta de sorte

Meu frio será sua morte.

No império de gelo repousa meu amor!

a culpa da minha própria arrogância

põe fim em toda esperança.

chorando a minha própria ruina

Toda a desgraça me contamina

Em um ultimo cálice de vinho

abandonei todo o meu caminho

Entre as neves da eternidade me distraio

Dou adeus aos meu sonhos e enfim caio.

E a quem posso me entregar?

A realidade que vai me cegar!

então volte,salve-me dessa dolorosa escuridão

que dilacera meu coração.

Lamentando o que a sua falta me causou

lentamente meu ultimo suspiro acabou

J.Morgan 25/11/2010

As velas,acentos,clamores,lamentos.

Com esta morbida combinação velei meu ultimo evento.

Meu pálido corpo repousando ao lado,ainda contém a rosa que você tinha depositado

Ao lado do cadaver ela sofria não chores querida a morte não é tão fria

Ahh que tolo sou,você não pode me escultar

cada lagrima sua que verte do penhasco vem me derrubar

seu tormento aumenta minha tensão,eu ainda consigo te ver com exatidão

Vestido preto a pele branca seu martirio muito me espanta

Ao seu lado permaneço ainda mas me deixe seguir esta triste estrada infinda

sentindo todo o peso do mundo meu coração bate moribundo

Então venha e me enterre em um buraco fundo.

j.Morgan 11/11/2010

A tristeza de um anjo na fria terra

luz da lua sobre a terra marrom que se encerra

Posto em um fundo burraco vivo me enterra

vendo sua melancolica prostração isso me consterna

Assim ele segue sua penosa jornada eterna

Uma morna lagrima do seu olho verteu

Aos poucos o mundo empalideçeu,A vida languidamente esmoreçeu

Sua alma em uma grandiosa mancha se escureceu

O triste anjo agora vai

por entre túmulos e cruzes se distrai.

por toda vida passou como uma folha que cai

seu espectro lá ficou e não regressou ao seu antigo lar

Mas quem irà lhe libertar?

o que vai lhe restar...

Contido nele está a morte e o sempre cada vez que respirar

J.Morgan 01/11/2010

Em meus lábios descansate seu último suspiro,foste muito bem pequeno coração quebrado.
A sua partida foi dolorosa,foi sofrível.
Fiquei estagnado na escuridão por muito tempo.E neste périodo que permaneci aqui estive vazio por dentro,esperando o seu toque,esperando o seu amor,você é a vida entre os mortos.
Minha alma esconde-se da luz,ainda vejo seu reflexo no espelho,agora sua face me assombra.
Seus sussuros ainda ecoam em minha mente,lágrimas silenciosas se esvaem em constante dor.Meus olhos não acreditam no paraíso ao lado,ser atormentado.
Quando você partiu a natureza chorou uma perda irreparável,ainda está contido em mim nossos passos vividos.
Não há amor algum em mim,uma nuvem escura me cobriu,o sol me adoeçe,o vento me atormenta,apenas a noite acalenta,a férida que você deixou a mostra.
Sinto mutua saudade das suas palavras cálidas agora elas se misturam com minhas idéias trágicas e se englobam densamente para o fim da minha mente afetando estranhamente o meu coração tão doente,tomo goladas de vinho que me deixa levemente dormente e sonolente assim tento seguir em frente esperando minha hora chegar para enfim no meu sepulcro repousar então venha me salvar' do nada que me tornei,as cinzas mais uma vez me juntei.

(J.Morgan)25/08/09

O adeus a mais bela criança.

Ela repousa onde morre minha esperança.

No frio mármore sua carne descansa.

Consternado pela sua agonia,mais uma vida agora morre fria.

Um erro que não tem perdão,

no seu sangue habita eterna escuridão.

A inocência que um estranho roubou,de tristeza sua alma sujou,

então ela vaga sem destino em um mundo de desatino.

Agora ela brinca com o que lhe restou:escombros,brumas

túmulos e cruzes.

Assim por puro medo se esconde

e sua alma se afasta cada vez mais das brilhantes luzes.

J.Morgan 27/10/2010

Por entre sepulturas te encontrei

rodeado por esculturas escuras onde chorei

a minha alma a ti entreguei.

Na minha infinda solidão velei o sono das tristes luas

Por muito tempo as minhas lágrimas foram suas

As mais belas rosas agora morrem murchas na pele tua

Em meio a sepulturas onde me encontro desolado

onde o seu tênue corpo foi depositado.

Temo pela morte e pelo frio

Tudo que vejo agora é vazio

Por entre sepulturas o vento traz consigo o desalento

e agora amor onde estás?

o murmuro de dor só aumenta meu tomento

o meu mártirio jamais se desfaz

me liberte desta prisão de aflição e sofrimento

de você minha alma nunca terá paz.

Inspirado na musica au milieu des sepultures

J.Morgan 27/10/2010

Algo que eu nunca poderia ter esquecido

Seu corpo friamente ali caido,Desfalecido.

Todas minhas aspirações líricas,

agora jaz em sua lúgubre sepultura idílica.

A tristeza que não alenta,só me assombra e atormenta

Sua falta machuca minha dor que só aumenta

A glória que você me trazia agora dorme pálida e fria

Então volte para o mundo,

e amenize esse meu velho coração moribundo.

Assim por toda minha tênue vida vou te esperar,

se assim for o que me restar.

Não quero mais por você me lamentar,

e não vou deixar meu coração de novo se enublar.

J.Morgan 01/10/10

O adeus a mais sombria das luas

As belezas mortas hoje se encontram nuas

O frio no seu esplendor aqui jaz

Por entre túmulos meu desejo se desfaz.

A pele pura e cândida a qual não posso mais tocar

A solidão que machuca meu coração volta a encravar

E passam os tempos, e passam os ventos

A prisão de pestilento sofrimento não dá fim ao meu tormento.

E minha alma hoje espera em paz

O que fui,onde estou?

Sou o que restou dos tempos ancestrais!

O pensamento que mais me espantou assim clamou:

Morrer jamais!

J.Morgan 11/09/10

Chorando a minha própria ruína

Sua maldita falta me assassina

Seus lânguidos olhos quero tornar a ver-los mais uma vez

Sua lívida tez quero tocar a ultima vez

Com a sua morte o meu frio predomina

Vivendo com a inconstância dos sentidos

Caminhando entre meus sonhos partidos

Acredito que minhas lágrimas irão me cegar

Em minhas abstrações particulares me encontro perdido

E toda essa amargura não cessará

Então venha me encontrar

Nos meus sonhos você vem me perturbar

Oh triste desilusão que dilacera meu coração

Não há nada que possa alentar

Meu peito já ferido,pago friamente pelo meu meu castigo

Tenho que aguentar de Deus a sua derrisão

Esquecido em um mundo de solidão

Minha alma sofre grande erosão.

J.morgan 02/09/10

Coração descompensado

Quando te avisto meu peito bate pesado

Você não pode me deixar assim

Eu sei que você nunca pertencerá a mim

Só por você eu me arrasto

Assim sigo minha vida anestesiado

Como mais um ébrio andado pelas ruas

brindando o degredo e o mistério das diferentes luas

ao meu próprio infortúnio fui condenado

A solidão como uma triste polca bate nos meus ombros

Eu sigo pela trilha estreita pisando sobre meus escombros

Eu danço entre a bruma,abraço a noite completo minha alma boêmia em suma.

Mas quando te vejo aquece-me no peito aquele antigo desejo.

Mais um triste boêmio cá estou sofrendo o desprezo que a sua falta causou.

J.Morgan 29/08/10

O frio,as dores,as horas,as flores.
No meu ultimo regaço deposito meu cansaço,
de uma vida inteira de falsos amores.
Mas quem poderá me entender
fugindo e chegando cada mais perto de você
mergulho no meu obscuro mundo de abstração.
E todos os meus medos se tornam fúria,padecido pálidamente com a sua injúria
meu peito bate sem coração.
Então liberte-me desta penosa prisão,a você só resta o meu perdão.
No meu desalento tento aniquilar esse momento de sofreguidão.
Pois sei que você vai cortar minhas asas que nunca mais voarão.
Machucado entre as cinzas me estilhaço novamente em pedaços no chão.

J.Morgan 19/08/10

Ao som do blues antigo
Embalando nossas almas cheias de cortejos
Embebedando todos os meus ardentes desejos
assim traí o meu amigo.

Uma onda de volúpia incessante
um cálido suspiro ao meu ouvido
você fez tudo o que tinha presumido.

E hoje cá estou em prantos
com meu mísero peito abatido,
com meus planos caídos e meus ideais perdidos!
Ainda lembro de tu desgraçada Helena,dona da beleza perfeitamente suprema
a qual desgraçou a melhor parte da minha estadia terrena.

Poema inspirado no filme duas vezes com Helena

J.morgan 16/08/10

Oh vale da dor,cada lágrima é uma gota de desolação,

Cada árvore representa um trágico amor.

Aqui acolhe as dolorosas almas de uma eternidade de solidão.

As suas chagas aqui secarão e as marcas encravadas no coração.

O lago chora desordenadamente,

quando seu peito bate pesadamente.

Cavalos brancos selvagens seguem tristemente.

Todo sofrimento humano aqui dorme silenciosamente.

Então liberte-se do seu martírio neste paraíso do exílio.

Aqui o tempo é diferente,pensando na felicidade ausente.

A sua alma viverá lânguida eternamente

J.Morgan 12/08/10

Vôa baça a ave da desgraça,

Ela que carrega o olhar da negaça

Põe-se soberba em seu telhado

e a sua casa vem a enlutar.

oh ave agoureira,que vôa faceira

e faz meu pensamento desgrenhar.

Tu que vens das trevas infernais

que te ponhas lá de volta e não retornes nunca mais.

Da minha boca te pesteio ave desgraçada.

Puseste a minha amada pálidamente debruçada

sobre todo o decorrer da fria escada,

quando pousaste em minha casa.

Vai-te embora ave desgraçada!

Tu que levou o meu amor,

eu pra sempre vou te pestear!

não mais quero ouvir o seu clangor,

promete-me nunca mais voltar.

J.Morgan 30/07/10

Luz diáfana do esquecimento

dá fim ao meu tormento.

Faça a dor cessar por um momento

em sua lápide deposito meu lamento.

Cálice

Eu brindo a decadência

celébro a minha dormência,ao melhor estado da consciência

ponho fim a toda insistência.

Então cale-se

não suporto viver a realidade

que então queime minha alma

o fogo da eternidade.

O que foi da sorte?

Eu quero ir de encontro a esta dama misteriosa

a que os tolos se referem como morte.

O silêncio

Por todas as dores do mundo

como a ave dolorosa meu coração bate moribundo.

Minha ruína

mais um ébrio cá estou

Sou

a criatura que mais me assassina

lamentando lembranças de outrora que em mim restou

dando vida ao meu ideal que fracassou

o degredo me espera na esquina.

A minha própria sombra me abomina.

J.Morgan 28/07/10

My Dying Bride

Quando dreno meu fôlego
E o brilho preenche meus olhos.
Beijo-a, ainda.
Pois ela nunca mais se erguerá
Em meu escasso corpo
Descansa a tua moribunda mão
Através dos prados Celestes.
Onde corremos.
Como um ladrão à noite
O vento sopra tão suave
Isto guerreia com minhas lágrimas.
Que não secarão por muitos anos.
"Dourada seta do amor
Dela deveria ter fugido
E não ao ébano dardo mortal
Abatê-la mortalmente."

Uma das musicas mais belas que já ouvi,tanto pela letra que é absurda quanto pela melodia instrumental,que eleva meu espirito e me emociona profundamente.

Todo meu respeito a essa fabulosa banda!!

Enquanto olhava seus lívidos olhos mais uma vez

me embriagava consternadamente na sua melancólica tez

não acreditava que chegara minha prematura viuvez

seu espectro sangrando ao relento

mancha desordenadamente o pavimento

chegou tarde a certeza que começara meu sofrimento.

Um adeus doloroso,um ultimo toque em sua mão

os pingos de chuva caiam tristemente e martirizavam meu coração.

na penosa esquife ela jazia fria,porem seu corpo permanecia ereto,

entristecendo as ruas seu cortejo seguia no carro Féretro,

os ébrios que logo a frente esperavam nas tabernas,cortejando a morte como uma velha amiga se juntavam cambaleando as pernas,

entraram lentamente na desolada fila,a dor no meu peito se comprimira me deixando sem fôlego sem respiração,Oh minha querida porque partiste sem explicação?

Chegando no tétrico saguão ali tive certeza que não teria mais volta a morte estava na escolta.

um úmido arrepio passou pelos meus cabelos arrepiando todos os pelos.Um urubu pousou na minha sorte,entrei estupefato pela lúgubre necrópole,o choro velado pela jovem era inevitável.

Chegando a sua campa eu me lastimei,chorei até sangrei internamente,eu queria me poupar daquele momento,não iria aguentar esse tormento.Triste nênia proferia o canto da extinção isso partira meu coração.lhe sepultar era como se estivesse ainda viva,

até hoje eu choro por você minha querida o meu coração ainda guarda inflamada ferida.

J.morgan 28/05/10

Desisto do meu caminho,

ele é tortuoso e contém muito espinho,

O medo escorre entre minha mão,

marcas encravadas no meu coração.

mentiras caem por terra em meio a tanta contradição,

ser estúpido e sem direção,

meu espírito caminha em meio a escuridão,

tão erróneo tão sem disciplina,implorando a luz divina,

mas minha maldita alma assassina,

não segue a mesma doutrina.

Escuto vozes estranhas em meus ouvidos agora,

é o fim do mundo isso me apavora.

Consternado de tanta mágoa e depressão

e sem ao menos meu prometido perdão,

meus olhos só enxergam a escuridão.

Afogado em melancolia carregando a culpa de mais um dia.

J.morgan 26/05/10

Triste máscara de desalento se escondia

de um peito que ainda lânguido batia ,

uma idéia no trapézio se esmorecia

no acabar do dia ela gemia,

no gorjear das aves agoureiras ela repousa fria,

Na quimera dos meus sonhos eu te trazia,a vida lhe devolvia.

Ah que breve instante de saudosa utopia.

Só posso agora relembrar,a alegria que você me trazia.

Só resta meu coração enlutar,

e as trevas me juntar!

você é a droga que irá me matar.

Sou o sonho de tua esperança

tua febre que nunca descansa

o delírio que te há de matar!

J.Morgan 15/05/10

E eu não posso mais continuar fingindo,

por toda essa dor que estou sentindo

minha alma cada vez mais está se esvaindo.

Você é a culpa que flui em mim,

Oh!então devolva pra mim tudo que foi quebrado.

Nas noites silenciosas eu sangro,eu odeio este meu estado.

A glória está tão longe,uma mascara melancólica me esconde.

Oh!mudo pela culpa da existência ,o meu delírio ameniza essa estúpida insistência de permanecer

neste mundo,eu respiro fundo e mergulho em um silencio mórbido e profundo, e não a nada que possa minha memória apagar,que possa parar a realidade que irá me cegar,e eu sei que você não estará aqui quando eu acordar,nas noites frias você vem me derrubar eu já sabia você não pode me salvar!Ah eu não posso mais continuar.

by:J. Morgan 13/05/10

Se eu fosse um tempo,Passado
e um livro,Doriam Gray
Se eu fosse um homem,Isaac Newton
se eu fosse mulher,Audrey Hepburn

Se eu fosse uma flor,Lotus
e se trabalhasse,seria atriz
Se eu fosse uma música,Bresso
um sentimento,Paixão

Se eu fosse uma cor,Preto
mas preto é ausencia de cor.

Um clima,Nublado
um sentimento,Paixão
Uma palavra,Intensidade
e na mente,Insanidade

Se eu fosse uma bebida,seria Vinho
um estado,Embriaguez

Uma vida,Insensatez
um animal,Gato
Uma conquista,Liberdade
um sonho,vida real

Um desejo,Vitória
um sonho,Viver

Uma certeza,Morrer,um pouco,lentamente a cada dia.

Por:Lotus Negra

Eu sonhei que Deus estaria perdoando
E que meu desejo era sagrado
Eu tive um sonho que minha vida seria
Tão diferente deste inferno que estou vivendo
Tão diferente daquilo que parecia
Agora a vida matou o sonho que sonhei
As cinzas mais uma vez me juntei!

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