Coração descompensado
Quando te avisto meu peito bate pesado
Você não pode me deixar assim
Eu sei que você nunca pertencerá a mim
Só por você eu me arrasto

Assim sigo minha vida anestesiado
Como mais um ébrio andado pelas ruas
brindando o degredo e o mistério das diferentes luas
ao meu próprio infortúnio fui condenado

A solidão como uma triste polca bate nos meus ombros
Eu sigo pela trilha estreita pisando sobre meus escombros
Eu danço entre a bruma,abraço a noite completo minha alma boêmia em suma.

Mas quando te vejo aquece-me no peito aquele antigo desejo.
Mais um triste boêmio cá estou sofrendo o desprezo que a sua falta causou.


J.Morgan 29/08/10



O frio,as dores,as horas,as flores.
No meu ultimo regaço deposito meu cansaço,
de uma vida inteira de falsos amores.
Mas quem poderá me entender
fugindo e chegando cada mais perto de você
mergulho no meu obscuro mundo de abstração.
E todos os meus medos se tornam fúria,padecido pálidamente com a sua injúria
meu peito bate sem coração.
Então liberte-me desta penosa prisão,a você só resta o meu perdão.
No meu desalento tento aniquilar esse momento de sofreguidão.
Pois sei que você vai cortar minhas asas que nunca mais voarão.
Machucado entre as cinzas me estilhaço novamente em pedaços no chão.


J.Morgan 19/08/10


Ao som do blues antigo
Embalando nossas almas cheias de cortejos
Embebedando todos os meus ardentes desejos
assim traí o meu amigo.

Uma onda de volúpia incessante
um cálido suspiro ao meu ouvido
você fez tudo o que tinha presumido.

E hoje cá estou em prantos
com meu mísero peito abatido,
com meus planos caídos e meus ideais perdidos!
Ainda lembro de tu desgraçada Helena,dona da beleza perfeitamente suprema
a qual desgraçou a melhor parte da minha estadia terrena.


Poema inspirado no filme duas vezes com Helena


J.morgan 16/08/10

Oh vale da dor,cada lágrima é uma gota de desolação,
Cada árvore representa um trágico amor.
Aqui acolhe as dolorosas almas de uma eternidade de solidão.
As suas chagas aqui secarão e as marcas encravadas no coração.
O lago chora desordenadamente,
quando seu peito bate pesadamente.
Cavalos brancos selvagens seguem tristemente.
Todo sofrimento humano aqui dorme silenciosamente.
Então liberte-se do seu martírio neste paraíso do exílio.
Aqui o tempo é diferente,pensando na felicidade ausente.
A sua alma viverá lânguida eternamente


J.Morgan 12/08/10



Vôa baça a ave da desgraça,
Ela que carrega o olhar da negaça
Põe-se soberba em seu telhado
e a sua casa vem a enlutar.
oh ave agoureira,que vôa faceira
e faz meu pensamento desgrenhar.
Tu que vens das trevas infernais
que te ponhas lá de volta e não retornes nunca mais.
Da minha boca te pesteio ave desgraçada.
Puseste a minha amada pálidamente debruçada
sobre todo o decorrer da fria escada,
quando pousaste em minha casa.
Vai-te embora ave desgraçada!
Tu que levou o meu amor,
eu pra sempre vou te pestear!
não mais quero ouvir o seu clangor,
promete-me nunca mais voltar.


J.Morgan 30/07/10