Senti o sopro mudar de compasso
Neste corpo congelar as citéreas
Triste espírito de pungente cansaço
Atravessando escárnios e brumas etéreas

Cítaras murmuram lúgubres canções
O sangue escorre em finas tiras
Perdidas estão todas as ilusões
Dissonante ao som das divinas liras

No esplendor das sinuosas furnas
Onde pequenos zéfiros palpitam
Revolvendo as fadas noturnas
Todas minhas preces calcificam

Olhos eclipsados de servidão
 Onde tantos lamentos têm enxugado
Enternecida é a mesma mão
Que me sepulta no crepúsculo gelado