Aos desesperados

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1 Comments

Como podemos lutar conta a fúria da natureza?
E não há lugar para se salvar, nem oração pra acreditar.
Se entregar é a unica certeza.
E aos que ficaram o que resta é um coração encharcado de tristeza.

Lúgubre tragédia que pelo mar avança,
que tira dos braços da mãe a adorada criança,
vem desfigurando o mundo e acabando com toda esperança.

Hoje os pés descalços andam pelos escombros,
Ainda carregando o fardo de dor pelos ombros,
O sofrimento é demasiado longo.

A luz da manhã não alenta os desesperados,
a noite é uma confusão de pensamentos angustiados,
A um mar de infortúnio ao qual foram lançados.

O que pode se fazer é se padecer a chorar,
Por todos as almas que as aguas veio a arrebatar,
E por muito tempo o mundo dessa assombrosa tragédia vai se lembrar.


Poema oferecido aos mais de 16.600 mortos e desaparecidos causados pelo terremoto e tsunami no japão ocorrido no último dia 11/03.

J.morgan 17/03/2011







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Um comentário:

  1. Lindo poema, mas precisamos ficar esperançosos. Curti seu blog!

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