Nascido da noite infinita
Ele esconde seus olhos na areia
Um olhar fixo de uma centelha perfeita
Sobre a terra morna sem vida


São tantos mundos em colisão
Eu quero os mais bonitos
Flores despedaçadas sobre o chão
Que em seu fluxo permeiam o infinito

Já não posso mais prever
Mesmo sendo difícil respirar
Nossas células lutam em um palíndromo para sobreviver
Encontro ciclos esquecidos de diáfano serpentear

No paraíso dos afetos
Todos os demônios que flutuam do teu ser
Permeiam meus mais insignificantes gestos
Pois sendo implacável o fim, seu  retorno é amanhecer

Um novo dia beira o abismo
Reconfigurando monstros e sinuosas esferas
Subvertendo as ordens do transcendentalismo
Todas as formas só por existir, já nasceram belas