Luz diáfana do esquecimento
dá fim ao meu tormento.
Faça a dor cessar por um momento
em sua lápide deposito meu lamento.

Cálice

Eu brindo a decadência
celébro a minha dormência,ao melhor estado da consciência
ponho fim a toda insistência.

Então cale-se

não suporto viver a realidade
que então queime minha alma
o fogo da eternidade.

O que foi da sorte?

Eu quero ir de encontro a esta dama misteriosa
a que os tolos se referem como morte.

O silêncio

Por todas as dores do mundo
como a ave dolorosa meu coração bate moribundo.

Minha ruína
mais um ébrio cá estou

Sou

a criatura que mais me assassina
lamentando lembranças de outrora que em mim restou
dando vida ao meu ideal que fracassou
o degredo me espera na esquina.
A minha própria sombra me abomina.



J.Morgan 28/07/10