Ode ao passado

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Nos impulsos de minh'alma
Correntes de ar se formam lisonjeiras
Que sobre meu céu delicada se espalma
Mas não perpassa as fronteiras

Este invólucro que se estende de mim
Desaguam em rios que tua sede mata
E sem piedade consome até o fim
Até os sulcos do meu rosto não restarem nada

Tu, que tardas a me beijar
Tento amansar a força do tempo
Lembro teu perfume, entardecer, campo de videiras

Fecho os olhos e te vejo me tragar
Eu, que hoje nada mais sou que vento
Restos de um mundo,  poeira de estrelas


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