Appassionato

/
0 Comments



 “E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...”, Florbela Espanca

Aprisionado em consentimento
Dorme um coração relutante
O céu plúmbeo esboroa lento
Copiosas lágrimas de infante

Quando o pesar bateu a porta,
Despetalando a canção de minh’alma?
Tocou no corpo cortantes notas
Como que esculpindo a pele em navalha

Teu sorriso meu enleio
Meu receio teu regozijo
D’ouro pintou meus devaneios
Na profundidade que preciso

Libertar-nos-emos dessas dores
Que nos volve aos labirintos ancestrais
Do tempo, memória e cores
Enquanto remontamos esquecidos umbrais











You may also like

Nenhum comentário: