A Síria apita com seu sol vermelho
O espelho estilhaça
A cidade arde em grossas chamas
E pinta de rubro o tom dos seus cabelos
Quanto tempo resta as nossas carcaças?
Por que se esconde por dentro?
E não se rende a doce ameaça
O céu entoa desastre
O vento leva aos limites
E eleva os sinais antes que te arraste
Inevitável é a queda
Silenciando quimeras tristes
Que te lançam para o outro lado
Não o renomeie quando ele não pode ser pronunciado
Não o despreze quando ele estiver despido
Não o machuque quando ele germinar
Não enterre os seus gemidos
Não sufoque seu coração feito de mármore
Não profane sua árvore de adoração
Não crie barreiras quando ele sangrar
Não o avise quando ele quebrar as paredes da compreensão
Não o pise quando chegar ao chão
Não o mate em luvas de cetim, pois só o acalmarão