Sorri para ele morte
Com teus dentes de aço
Por cima do meu cansaço
Lavando todo o descaso
Por não ter fé na vida
Para esconder a culpa
Num enleio de dúvida
Por abandonar a luta
Tuas mãos envolta em escuras luvas estilhaça
Quebra com certa força a taça
Despedaça aquela vil trapaça
Olha com compaixão pelos teus olhos de farpa
A navalha, o golpe,  a faca
O que aos poucos me escapa
Dentre os fios apertados
Arroxeados em volta
Eu já não me importo
Que a dor me conforte
Irradiando luz ao aborto
Em um fino corte