Ela se foi...

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Enquanto olhava seus lívidos olhos mais uma vez
me embriagava consternadamente na sua melancólica tez
não acreditava que chegara minha prematura viuvez
seu espectro sangrando ao relento
mancha desordenadamente o pavimento
chegou tarde a certeza que começara meu sofrimento.
Um adeus doloroso,um ultimo toque em sua mão
os pingos de chuva caiam tristemente e martirizavam meu coração.
na penosa esquife ela jazia fria,porem seu corpo permanecia ereto,
entristecendo as ruas seu cortejo seguia no carro Féretro,
os ébrios que logo a frente esperavam nas tabernas,cortejando a morte como uma velha amiga se juntavam cambaleando as pernas,
entraram lentamente na desolada fila,a dor no meu peito se comprimira me deixando sem fôlego sem respiração,Oh minha querida porque partiste sem explicação?
Chegando no tétrico saguão ali tive certeza que não teria mais volta a morte estava na escolta.
um úmido arrepio passou pelos meus cabelos arrepiando todos os pelos.Um urubu pousou na minha sorte,entrei estupefato pela lúgubre necrópole,o choro velado pela jovem era inevitável.
Chegando a sua campa eu me lastimei,chorei até sangrei internamente,eu queria me poupar daquele momento,não iria aguentar esse tormento.Triste nênia proferia o canto da extinção isso partira meu coração.lhe sepultar era como se estivesse ainda viva,
até hoje eu choro por você minha querida o meu coração ainda guarda inflamada ferida.

J.morgan 28/05/10



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