Necromancia

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Meio dia
Cruzeiro das almas, suor, desespero
O manto negro seu semblante escondia
No bolso velas e esqueiro

Raiva, ciganos, navalhas, cigarros
Uma prece manda recados ao desconhecido
De sangue o mármore é lavado
Para alimentar a boca do falecido

Murmúrio, eflúvio putrefato
O hálito faz subir a fumaça
As mãos seguram o retrato
Um último gole de cachaça

Silêncio, esperança e reza
Para os mortos com suplício dança
No chão balança e queima ervas
Em três dias do caixão o corpo levanta



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