Andança

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Andando sinto a ansiedade
Dos passos de velhos, pobres e ricos
Que se perdem na cidade
E ecoam em meio a edifícios

Há tanto tempo esquecidos à margem
Lutando contra a impossibilidade
O suor que pinga na engrenagem
Mistura  de dor, coragem e vontade

A criança já nasce velha
Não existe espaço para o novo
Qual o preço da matéria?
Quem vai olhar por este povo?

Com o troco de uma passagem
Transeuntes vem e vão
As mãos calejadas de tanta bagagem
Esperam o trem na estação

O percurso se arrasta lento
Os olhos rígidos de tanto esperar
Cansado é o lamento
De quem não tem mais tempo para florear


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