O delicado abismo da desordem

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Como um pêndulo cansado de tanto rodar
Eu paro de dar voltas
Acalmo o meu olhar
Pois, nem quase tudo tem respostas

Como uma criança que da mãe se perde
Me ponho a chorar
Feito peixe morto em lodo verde
Sem mais espaço para nadar

No delicado abismo do não ser
Afogado até o pescoço em desordem
Meus pés em limo a afundar
É lá onde me aqueço e esqueço

Feito Ofélia quando mata o filhote por amor
Como quem acorda de um suicídio em pavor
Desperto do sono e percebo
Eu também mal me conheço


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