Intrépido

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Sou uma semente, fina, singela

Um certo poder em mim habita, esbraveja, acredita

O óleo da vida, em mim floreia e frutifica

Explendorosas rosas em galhos

Colorindo cada resquício com aquarela

Não tenho nada haver com a física quantica, quimica moderna ou tubos de ensaio

E neste emaranhado ao qual chamo vida

No meio austero, ostento uma cicatriz

lembrança de uma antiga ferida

Ao longe eu paro, pondero, reparo

Nada de mim alí restou

Nem dor, nem nada

E eu aqui do alto em mim observo

Pacifico e calmo contemplo

Em minhas mãos eu tenho a vida em galhos

Uns fortes, outros fracos

Alguns se partem e sobre o chão se espalham

Outros crescem cada vez mais altos

E a cada galho que em mim se firma

A presença de vida se confirma

Observo estes galhos como veias e cadeias de pensamento

Algumas soltas, outros completos

Parado medito, eu apenas sinto o vento

Assim percebo que sou imenso, profundo

Mas também raso, carcunda

E eu aqui estático, tranquilo ao me perceber me tornei árvore

Oponente, robusta, intrépida

Fecunda





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