Holograma

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Em uma regra adoto a verdade

Sem questionar sua moral, origem ou finalidade

E somos todos produtos desta impura oligarquia

de usura manipulativa e sombria

E a dois mil anos compramos um molde de perfeição para usar

Nos tornamos imortais, eternos

Adotamos a postura de um ser elegante, extra-humano para nos representar

Esquecemos quem somos e pesamos que tudo a nossa volta se coloca a girar

É tudo asco, um fiasco

Vazio, fuleiro, desproporcional

Uma realidade inventada para nossa vida sustentar

O ser que chega ao extremo, consciente da sua atitude

Ninguém aqui é ingênuo

Sabe a proporção da sua enfermidade

Levado pela sua fragilidade é gênio, eterno, certo

Guiado pela hostlidade se torna etéreo, completo

Mata, destroi, confunde e deturpa

Sem o menor remorso ou culpa

O homem dotado de perfeição vira lobo e destrói a sua própria construção

Assim continuamos, perdidos e insanos 

Um ser amoral, vivendo os seus dias em um universo, comprado, inverso

Em um espaço unilateral

 sem açucar, sem sal

Ao qual nos tornamos objetos

Imagético, tridimensional 

Ostentamos o vazio do que somos

Neste profundo holograma existencial



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