Feneço

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Eu presumi que tinha tudo resolvido
Na palma da minha mão
E que a falta tinha sucumbido
Pensei que a raiva tinha desistido de mim
Acreditei que ela tinha se aniquilado 
Em uma garrafa de gin
Que engulo, forte, seco
Eu a ela me agarro
Eu acreditei com certa veemência
Reflito e paro
Agora a afogo sem pena
Disseco e depois lentamente trago
Vejo ela borbuhando, fulmegando
Entre meus olhos torna-se pó
Nada mais sinto, estou agora no limbo
Vazio, sem gozo ou regozijo me esqueço
E no limbo do nada sentir
Seco feneço




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