Seis passos

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A linha foi traçada
São seis passos
Sete palmos
Meus olhos vermelhos
Já faz tanto tempo
Lançado na masmorra do esquecimento
Que não consigo mais me enxergar no espelho
Cronos lança seu martelo aos meus joelhos
O caminho é turvo, a noite não alenta
O frio quebra meus ossos como finos gravetos
A vida se esvai em tortuosas curvas
Nem a chuva à minha tisga alma alimenta
Fatigada é a melodia que urra da minha lira
Fatídica é a fúria em busca da cura
Dos lençóis de ébano que agora vestem o meu passado
Encubro meu coração do láudano soberano
Subo no alto dos meus mais vastos quintais
Mergulho no caustico pântano dos ocidentais
Estratégico, miraculoso, nefasto
Introjeto a peçonha, inalo metano
Inumano sigo a caminhada lúgubre dos mortais

Seis passos...


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