Oblivion

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Enterramos os nossos limites
Por que me chamas?
É hora de afiar os teus fios,
No limiar das minhas navalhas,
No presságio dos meus ritos,
Dorme um monstro colossal.
No frio da tua cama
Que mal me chama
Que não me espanta mais.
O medo é um retrocesso,
Um passo em falso.
Um passeio nebuloso,
 onde estamos adormecidos a tanto tempo,
Imputados ao fracasso.
E as horas mudam,
 Já não acompanham o desenvolvimento das nossas células,
Que destroem-se umas as outras,
No contra-passo do que é previsível,
Neste lume invisível, rumo ao nada
As nossas ânsias atrofiadas,
Vestem saias ao avesso.
Estes ideiais que se desintegram rumo ao limbo.
Roda a dança da ilusão,
Na negação da realidade,
E só nos afasta...
Na monera idiossincrática da tua farsa,
O monstro se alastra,
 fundamenta-se,
 e alimenta o mito,
mas quando chega perto se disfarça.
A tua teia não sufoca mais,
Nem o cheiro do teu sexo ordinário,
Teu trajeto é um deserto dissociado.
Não implore mais.


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