Évora

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Ela vem em noites tenebrosas
De umbrais esquecidos
Petrificando rosas
No rebento de ventos antigos

Traz pesar em seu dorso
Um clangor envenenado
Para recuperar o velo de ouro
E costurar seu condão devastado

Carrega no olhar a vingança de Medeia
Congelando tudo por onde cruza, Medusa
É a essência primal das musas
O pavor universal das ideias


Se alimenta no desejo
Que abre os supremos portais
Onde se resvala o medo
Atroz é o peso dos seus cristais

Faces ocultas em libração
Seu próprio coração devora
Feiticeira, forasteira
Évora
Volta para a floresta de Theodor


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