Encruzilhadas

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Oh Omulu baba
Leve-me de volta
De volta ao mar!
É lá onde devo ficar

Ouço o soar dos tambores
Aceita ebó Exú
A causa negra dos meus amores

Tua mão na minha espinha encosta
Encrava tuas unhas nas minhas costas
Me faça a iré de não me trazer de volta

Meu pneuma, o suor desce frio
A noite continua alta
Iyá Maria a ti fui arredio
Nunca mais te desafio!

Leva meu egum que em vida já estava morto
Como uma amarração, um encantamento mal feito
Me desprende do corpo

Axogum corta-lhe o pescoço
Maria faça justiça
Enterro os ossos, e a carniça
tomo banho de sangue
repito o juramento de novo
E se completa o batismo de fogo!

Espero ao fim do transe a tua visita
Entidade feminina de vermelho, que agora se reflete no espelho
Mãe que levou os meus amores
Teu perfume ainda sinto o cheiro, de mim não desista
Na encruzilhada das minhas dores te deixo pinga, cigarros, laços, velas e flores


J.Morgan 16/11/12


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