Idílio

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Nos alicerces do meu corpo
Se firmaram seus instantes
Salpicado de desgostos
De desejos delirantes

E nas voltas deste calendário
que encrava o meu rosto de riscos
O tempo este juiz arbitrário
Me empurra contra precipícios

Uma sinfonia discordante
Durante séculos eu tento entender
Por que o homem que me veste
é sempre mais puro ao entardecer?

Quando o sol se esvai
Me deparo nesta cela
Como podem minhas primaveras
Parecerem tão iguais?

O brilho da lua traz conforto
Iluminando antigos umbrais
Teu arfar me serve de porto
em meio aos escuros temporais



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