Anomia

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  Abandonei as fórmulas, o traço, a forma
Transfigurei o meu olhar
Mudei de figura
de lugar, de postura
Na foto da moldura não posso me enxergar
Andei me dando espaço
Para não ser nada
E ver emergir tudo
Cansei de pisar nos mesmos passos
De reproduzir a massa
Tão desgastada de tanto amassar
Não tenho pressa para chegar
Nem tampouco de partir
Hesitar, desistir
Por que devo me importar?
Tudo no mundo passa
Eu escolho o ritmo da minha caminhada
Não temo o perigo 
Já que a única certeza é o nada
Sigo indeciso
Queimei a largada
Desedificar é preciso
Não quero pódio ou prêmio de chegada









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